Pin, de Pinduca, é meu apelido, como sou chamado carinhosamente pelos amigos do círculo musical. Aos 3 anos de idade eu batia um martelo com som nas pontas e fazia girar uma ruidosa catraca de plástico com a outra mão; ainda tentava apertar uma buzina de mão com um pé, enquanto soprava um apito e babava, tudo junto e engraçado, segundo conta minha mãe, que me abraçava e dizia que eu ia ser “tocador de bumbo”.
Nesta mesma idade a primeira coisa que fazia quando acordava era colocar discos na vitrola, apesar da minha pouca habilidade. No apartamento de dois quartos, no Bairro Peixoto, em Copacabana, ouvia discos infantis e, também, adorava ouvir “The more I See You” com Chris Montez.
Músico autodidata, aprendi numa época em que as informações pouco e demoradamente circulavam pelo mundo. Aos 08 anos de idade ganhei minha primeira bateria. Aos 10 anos comecei a tocar violão e compus minha primeira música; logo fui participar de um festival estudantil. Volta e meia me sentava ao piano acústico de armário, da minha irmã, Carla e apertava as teclas procurando as harmonias que habitavam meu imaginário. Aos doze anos comecei a estudar saxofone. Meus pais sempre incentivaram a música em casa. Aos 16 anos gravei meu primeiro LP, tocando bateria, com um grupo de Petrópolis, chamado Prata da Casa.
Tive grande vivência de estúdio, gravando centenas de jingles, mais de trezentos, alguns que se tornaram famosos na época, como o jingle da CEF, com o cantor e compositor Tavito, artista mineiro, amigo diferenciado, que muito me inspirou e que também me levou para São Paulo para gravar bateria no disco “Azul” de outro artista maravilhoso, Renato Teixeira.
Por mais de 40 anos toquei em aproximadamente 3.000 shows, no Brasil e até em Portugal, com o grupo Terra Molhada, pioneiro de cover das músicas dos The Beatles. Com o Terra Molhada também gravei o LP Outdoor, lançado pela gravadora Polygram, e gravei a música “Girl” pela Som Livre para a novela da Rede Globo “Laços de Família”, música que também faz parte de outro CD da Som Livre, que reuniu famosos interprestes internacionais das músicas dos Beatles.
Mesmo com a presença intensa da música na minha vida, o Marcelo Castilho, empresário da Soundtrack Produções, da Marcelo Castilho Locações e da Marcelo Castilho Projetos, dedicou sua vida profissional aos estudos de sonorização e de iluminação, viajando para congressos e certificação no exterior, e atuando em muitas centenas de grandes eventos e projetos, como forma de se manter perto das artes e de sua maior paixão: a música. Para o Pin sempre sobrou muito pouco tempo para a música, nos finais de semana… como ocorre até hoje.
Durante a pandemia resolvi começar a registrar antigas e novas composições musicais acompanhadas de pequenos filmes. Por ser um compositor de variados estilos musicais, resolvi separar os títulos por gêneros musicais.
A perda de meu pai aos quatorze anos, o abandono de uma paixão que se iniciava aos dezesseis, desaparecida em outro continente e o enfrentamento, há mais de 16 anos, em quatro batalhas de três recidivas de um tumor maligno, moldaram e vem moldando minha estrutura emocional que acaba sendo canalizada para falar de paixões, de amor, de perdas, do tempo, além de causas sociais.
Se qualquer das minhas músicas ou minifilmes te divertir, te emocionar, te fizer refletir… te inspirar positivamente ou te fizer bem de alguma forma, minha missão como artista e músico compositor está cumprida.
É isso! Beijo e abraço apertado do Pin!